Espírito Anão
O anarquista narcotizado,
Com seus olhos de defunto,
Trazem-no almas levianas
Mais o espírito anão
Ser, estar e parecer,
Em repouso permanecer.
Transeunte em ligação -
Predicados prejudicados
Locução, ora objeto direto,
Ora diretriz indireta;
A gramática, enquanto tal,
Tornada sintaxe fatal
O ímpio ignora a gnose,
Vez não ser um asceta.
A seita aceita o agnóstico:
Ceticismo profético
Mentes versadas aprendem
Semântica ou semiótica,
Mas robôs, zumbis e autômatos
Não apreendem a eubiótica
Maturidade não sobremaneira
Pensa-se que se é, pode ser,
Em parte se é, só, mas não o todo;
Ademais, se é a menos, ou a mais.
Julga-se do mármore ou do lodo
Menos reclamações, mais conselhos,
Impaciência perdida, por apelos.
Uma discussão não é para ser ganha,
É para embasar futuros argumentos –
Acumulações em processamento
É sério, firme e confiante
O equilibrado circunspecto
Da diplomacia agora amante
Adquiriu luzidio aspecto
Se disser possuir pleno exercício
De suas mentais funções, equivoca-se;
Erra, então, em seu lugar recoloca-se,
A hora de aprender é nesse interstício
Como se livrar ou se lavar,
Ser autônomo ou ser autômato
Se para nós não há sol a sós?
Oh, ledo e tolo independente,
Somos da dependência carente.
Com responsabilidade existencialista
Da sociedade o progresso assista
Porém, ‘inda insistem em lhe dizer
A tomar o caminho da virtude:
Os grilhões da moralina habitual
Todos os papéis sociais urdem
Cresce, a inocência cessa de ter
E a alegria da ignorância juvenil.
Labutou, inferiu e se precaveu,
Cidadão feito, seu sonho fugiu!
Negou, renegou e relegou
Ao subsolo as intempéries.
Foi dialético e se felicitou
Com as recém contraídas peles
P.S.: 2 anos de blogagem. Oba!...
26 de maio de 2011
18 de maio de 2011
Hatred is all around
Administração da Raiva
A raiva, o ódio pelo sofrimento
Erupções: externar o peso alivia
Pressões irrefreáveis dos tormentos
Única saída é pela rebeldia
Batalhas internas, explodem granadas
Respinga a violência em pessoas paradas
Ofensa, injúria, heresia e grosseria
Insolentes agressões feito epidemias
Alegria esvaída em ruínas
As catástrofes autoritárias
Aviltam a elite, agora pária
Triste derretimento da platina
Ser vil não pode ser conveniente
Quem é com a derrota conivente?
Saber perder e se manter sereno,
Somente o monge está sempre vencendo
Impropérios ditos fora de si
Provêm as desculpas e os pesares
Por vezes falsos como os dos farsis
Encosto é embuste dos populares
Quais dos objetos é a causa da raiva?
Qual ressalva é para manter a calma?
Os valores impedem a venda d’alma
Contudo, ainda cai a pesada saraiva
Instinto hostil e rude erode e domina
Perverso tal qual o sol sobre a melanina
Embrutece, envelhece, aquece e apetece
É-nos, porém, indispensável alicerce
O que faz animar a explosão incendiosa?
Justifica-se a detonação insidiosa?
A paz é sempre preferível à guerra?
Pretere-se a que menos potência emprega
A vida vilipendia o odioso homem
Que esse fastidioso as parcas assombrem
P.S.: Tudo isso para dizer "Puta que o pariu, vai tomar no cu!"
A raiva, o ódio pelo sofrimento
Erupções: externar o peso alivia
Pressões irrefreáveis dos tormentos
Única saída é pela rebeldia
Batalhas internas, explodem granadas
Respinga a violência em pessoas paradas
Ofensa, injúria, heresia e grosseria
Insolentes agressões feito epidemias
Alegria esvaída em ruínas
As catástrofes autoritárias
Aviltam a elite, agora pária
Triste derretimento da platina
Ser vil não pode ser conveniente
Quem é com a derrota conivente?
Saber perder e se manter sereno,
Somente o monge está sempre vencendo
Impropérios ditos fora de si
Provêm as desculpas e os pesares
Por vezes falsos como os dos farsis
Encosto é embuste dos populares
Quais dos objetos é a causa da raiva?
Qual ressalva é para manter a calma?
Os valores impedem a venda d’alma
Contudo, ainda cai a pesada saraiva
Instinto hostil e rude erode e domina
Perverso tal qual o sol sobre a melanina
Embrutece, envelhece, aquece e apetece
É-nos, porém, indispensável alicerce
O que faz animar a explosão incendiosa?
Justifica-se a detonação insidiosa?
A paz é sempre preferível à guerra?
Pretere-se a que menos potência emprega
A vida vilipendia o odioso homem
Que esse fastidioso as parcas assombrem
P.S.: Tudo isso para dizer "Puta que o pariu, vai tomar no cu!"
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