Administração da Raiva
A raiva, o ódio pelo sofrimento
Erupções: externar o peso alivia
Pressões irrefreáveis dos tormentos
Única saída é pela rebeldia
Batalhas internas, explodem granadas
Respinga a violência em pessoas paradas
Ofensa, injúria, heresia e grosseria
Insolentes agressões feito epidemias
Alegria esvaída em ruínas
As catástrofes autoritárias
Aviltam a elite, agora pária
Triste derretimento da platina
Ser vil não pode ser conveniente
Quem é com a derrota conivente?
Saber perder e se manter sereno,
Somente o monge está sempre vencendo
Impropérios ditos fora de si
Provêm as desculpas e os pesares
Por vezes falsos como os dos farsis
Encosto é embuste dos populares
Quais dos objetos é a causa da raiva?
Qual ressalva é para manter a calma?
Os valores impedem a venda d’alma
Contudo, ainda cai a pesada saraiva
Instinto hostil e rude erode e domina
Perverso tal qual o sol sobre a melanina
Embrutece, envelhece, aquece e apetece
É-nos, porém, indispensável alicerce
O que faz animar a explosão incendiosa?
Justifica-se a detonação insidiosa?
A paz é sempre preferível à guerra?
Pretere-se a que menos potência emprega
A vida vilipendia o odioso homem
Que esse fastidioso as parcas assombrem
P.S.: Tudo isso para dizer "Puta que o pariu, vai tomar no cu!"
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