28 de outubro de 2010

Screaming out the lyrics of my song

No subsolo

Cá estou, no colo deste subsolo,
Há incitação da merencória agonia,
Esse é meu aviltamento soturno
Em irresistíveis juízos noturnos,
Eis que densos pesares me diriam
Para imaginar inúmeras ciladas
A resultar no triunfo do meu nada

Mas sem o dinamismo do dínamo
Que através da convecção magnetiza
Manto aquecido e núcleo comprimido
Decaimento radioativo em brisas
De tempestade solar protetoras
E das belas auroras formadoras

Natureza que fornece os abrigos,
As cidades e seus esconderijos
O covarde beberica seu gim
Após, dorme no amoníaco mijo.
Então, que posso abrigar comigo?
Eu, que não asilo sequer a mim...

Memórias, notas, ideias, lembranças
Ah, se ao menos houvesse uma matança
Algo a lamentar, vibrar ou gritar
Mas não, é apenas o pusilânime
Isolado na teimosa hipocondria,
Sofre pela acidez que em ninguém ardia
Porém, se compraz, sua mente é unânime

Apenas há corrosão invasiva
Dilemas da invasão corrosiva

987645321

Damn 'em be

Verses
Ninguém – sabe onde isso tudo vai parar (não... não, não)
Alguém – aproveita e manipula a nação (exploração)
Sabem – os pilantras que corrompem sem perdão (sem perdão)
Invadem – minha casa e me obrigam a calar (cão... cães, cães)
Também – caçoam e prometem se vingar (sem noção)
Além – de jogar seus desafetos no lixão

Pre-chorus
Nada será igual
Ele ludibriará
Espalhará o mal
Aguarde pelo final

Missing Chorus

Verses
Por quem – os sinos novamente dobrarão? (aos irmãos)
Amém – cada seita jura poder nos salvar (circo e pão, circo e pão)
Ardem – os malditos que devoram corações (e que se vão)
Cantem – os rituais dos grandes índios kaiovás
Aquém – os bandidos que desejam nos roubar (onde estão?)
Vintém – pouco mais do que o merece o bufão

Bridge
Usam, abusam, gastam, desgastam,
Desgraçados!
Fazem, desfazem, rapam, derrapam,
Desgraçados!
Cobrem, encobrem, matam, desmatam,
Desgraçados!
Mentem, desmentem, contam descontos,
Desgraçados!

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P.S.: Na falta de uma mente criativa, posto pigarras de uma mente incompleta.

8 de outubro de 2010

(um pouco de) Raiva

Muita gente no mundo

Não se pode viver sem respirar
Sem comer, se proteger, ou se cuidar
Tudo bem fenecer quem não preservar
A muitos é um fardo ter que pensar

Seja por questão moral, ou social,
Eles só pensam na própria redoma
Indômitos ao descaso ambiental
Insustentável práxis. Surge a agonia.

Queimam, corrompem, destroem
Mais aqui, mais ali, é sem fim
Terrenos, sistemas, os planetas
Não há praga que seja ruim

Superpopulação
É aniquilação
Insana nutrição
De espécies extinção

O irresponsável é intolerável
Muitos direitos e poucos deveres
Vão os governos provendo poderes
Compõem sua massa de psicopatas

Acabou-se o paraíso na mata
Selva de pedras, uma desgraça
Quanta natureza para usurpar
Eis o esbanjamento assassino

Pré-histórica nostalgia
Lógica e a tecnologia
Em exponencial expansão
Nós, desmedidos cupins

Superpopulação
Aniquilação
Insana nutrição
De espécies extinção


eƏ€ẹẻẽếềểễệәєёзэεέǽœěęėĕē

Cores cadavéricas

Ouvia-se o coro
Em vestes de couro
Em cor de coral,
Ou de falsa coral

Corais sem sabor
Em águas hostis
Definham igual
Em pares acinzam,
Em mares sem naus
Pilotos alijam

Jogam malabares
Preparam ardis
Devem decorar
As rotas do mar

Há mortos a decompor
Nos corpos não há mais humor
Foi arrastado Heitor
O teucro perdeu seu calor

Espere um segundo
Profunda essa dor
Segue-se o imundo
Que infunda o vapor
Nas viscosas entranhas
Do furioso cadáver
Nada ele estranha,
Sua peculiaridade

Há de haver, há de rever
Perspicaz conhecimento
Deste semblante informe –
Há no angular momento
O intento de jugular
Deformação singular

Os mortos irão decompor
Nos corpos se foi todo o humor
Extasiado Heitor
O teucro já sem seu calor