O ócio, isto é, descansar, vagar; a inação, a moleza, a suavidade agradável; um privilégio da vida folgada, que se distingue de seu oposto, daquele que nega o ócio, pelo trabalho – que para nós, brasileiros, majoritariamente assume o sentido original de sacrifício ou tortura –, pela labuta, que nada lembra o lazer e aliena, segundo a corrente marxista. Sociedade que define papéis sociais aparte da existência plena e total do cidadão, ao contrário dos indígenas e primitivos, que tudo misturam– vida espiritual, produtiva, material e social.
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Mas o discurso para convencer os “colaboradores” é de integração, de equipe, de realização a partir do esforço em garantir o lucro e melhorar a organização. Vontade modelada e moldada para todos serem mais uma das peças do sistema e da ordem (pré)estabelecida de cima para baixo. Formas inconscientes de comportamento em mensagens sublimadas e subliminares pela coação das expectativas do mercado. Como no esporte, o importante é vencer e ter sucesso, quando o fato é gostar de ser marionete. Mesmo com a alienação industrial, seria ingenuidade pensar que não haveria efeitos colaterais no indivíduo. Durante o tempo livre, ele continua amortecido e condicionado a seguir a marcha da retórica conservadora. Liberdade organizada, vigiada e estressada, concordo... Não, como assim?!
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Ou vive-se para trabalhar ou trabalha-se para gastar em diversão, bem é verdade que para os privilegiados que podem fazer sobrar dinheiro após os gastos com contas e demais obrigações diárias e mensais. Contudo, até mesmo os pobres se sentem pressionados em gastar com coisas que não sejam indispensáveis à sobrevivência, então muitos acabam se endividando. A adrenalina sentida ao usufruir de seus hobbies muitas vezes é argumento suficiente para os gastos extravagantes. Torna-se um vício que dificilmente se consegue se desfazer, um tema ubíquo das conversas tolas. É o entretenimento, o hedonismo, como o sentido da vida, um sinal claro e simbólico do esvaziamento ontológico da sociedade ocidental. Essa obsessão e paranoia tende a ser vista como psicopatologia, mas é claro que todos precisam de lazer, a prática de atividades relaxantes inspira e afasta a melancolia.
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O hobby torna-se o “matar o tempo”, que sem dúvida mata as pessoas, em contrapartida. Tudo delimitado e burocrático como a vida no escritório, na oficina ou na fábrica. Para se adaptar deve-se renunciar à fantasia, sendo mais objetivo e menos subjetivo. Norma voluntariamente aceita de que a carreira e os planos devem permear as demais áreas da vida. Afinal, tempo é dinheiro, deve-se correr atrás do lucro e fugir do prejuízo. Ué, cadê a tal folga? Ética protestante que sempre vê com maus olhos a vadiagem, a miséria, a inutilidade e até mesmo o avarento ou poupador, pois o objetivo da vida é o sucesso e a salvação, claro que através da grana, a si e ao senhor, e não por meio da contemplação e do repouso monetário.
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A indústria cultural precede o gosto da massa popular, regulando seus hábitos e inculcando o sonho da fama; ela compensa a morte de Deus com outros ídolos, cada vez mais coisificados; de preferência exclui-se o gosto pela reflexão, revertendo o esforço durante o lazer em aborrecimento. Ou então sensacionaliza, para que o pacato cidadão se sinta representado e tenha exposta a sua indignação à violência que sofre diariamente. Pois bem, isso não passa de fuga sadomasoquista. Fica a pergunta: onde são localizados os interesses pessoais, livres de influências hipnotizantes da grande mídia?
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Propaganda, pressões de colegas, da vaidade forjada e da mídia onipresente que idiotizam ao dirigir a felicidade à aparência, ao supérfluo e ao consumo. Que cada um pense que faz o que tem vontade, no mundo liberal, todavia a ilusão é espalhada por esses mecanismos suplementares de controle e manutenção do status quo. Diversão superficial que é inventada em prol da produtividade; massa adestrada que nunca se realizará, visto que foi destruída sua capacidade criativa, não foi incentivada para se expressar autenticamente, restringe-se em imitar, ou a praticar artesanato, no máximo; cópias em série, o mais do mesmo, paródias, o lugar comum, que faz nascer o tédio, que logo é suprimido pelo surgimento e usufruto da moda da última semana. Tem-se a semiformação cultural através da padronização das condutas. Tudo é transformado em mercadoria, cada uma com seu preço justo, de oferta e procura. Ora, com essa comercialização perde-se o sentido desejável, autônomo e idiossincrático de reflexão, emancipação, espontaneidade e protesto.
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Nichos e mais nichos emergem como resistência e movimento alternativo (contracultura) às imposições do gosto dominante e monopolista. Porém, o objetivo desse imperialismo não é a formação qualitativa do sujeito, pensante e atuante, mas o seu oposto – a mera quantidade. A fim de evitar as cíclicas crises capitalistas, estimula-se a compra de inovações tecnológicas e científicas, que deixa todo mundo abismado com tamanho progresso; é nítida a aura de superioridade de quem tem acesso aos últimos modelos, à última geração, a sua vaidade é gananciosamente alimentada.
O que é pop precisa ser veloz, imagético e evitar o espírito crítico, afinal o seu conteúdo é o que menos importa. A censura ocorre de forma sutil, com a exposição maçante apenas do que é vinculado aos interesses dos patrocinadores. Tenta-se produzir objetos diferentes, mas que serve apenas para cada um de nós se sentir pressionado a se inserir em um rótulo específico e afirmar a sua identidade, claro que falsificada. Como esse sujeito bestificado é incapaz de se governar, ele se limita a digerir, grosseiramente, o que vem de fora e a repassar aos outros a batata quente, sem se expressar.
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P.S.: Post inspirado em vivências e observações, é claro, e também no texto de T. Adorno “Tempo Livre”.
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30 de junho de 2011
17 de junho de 2011
C'est ma vie, chérie
Relações são jogos de poder, sejam eles implícitos ou explícitos, intensos ou sutis, com discursos de defesa prolixos ou lacônicos. É certo que divergências, e com elas os conflitos, emergirão. E atenção ao afã de se expressar, ao calor do momento, às faíscas da raiva, que não devem resultar, no porvir, em arrependimentos.
Confiança é algo que se constrói ao longo prazo, stone by stone, step by step, e que desmorona em um único erro, que nem precisa ser grosseiro e crasso. Voltar a confiar como antes não existe, pois temos memória, e as sentimentais são as que mais demoram a fluir corredeira abaixo.
Há segredos que não devem ser compartilhados, não há onisciência, logo não há porque querer saber de tudo. Nem mesmo o dono do sigilo irá se lembrar de tudo o que houve; laissez-faire, laissez-passer.
Envolvimentos podem ser profundos ou serenos, porém quem sofre deseja modificar o outro, para embarcá-lo em sua trajetória sentimental, ou ambos chorarão ou ambos comemorarão. Pois é, todos somos egoístas, gostamos de compartilhar os prazeres e os desalentos. Todo mundo erra.
Não abro mão de minha liberdade, mesmo sabendo que ela é sempre limitada, pois é, vigilância é uma prisão. Restringir meus movimentos é amputar a minha perna; sofro com isso, tenho formigamentos em partes perdidas; vale a pena abrir mão de tudo em nome da liberdade, sinônimo de existência?
Necessária solidão, a vontade de ficar só e não apenas de se sentir sozinho, que poucas vezes foram efetivadas e que aparentemente será nada além de um sonho perdido. Alguns apreciam a exclusiva companhia da própria sombra, enquanto outros sofrem sem ter quem abraçar ou com quem conversar. Sim, para muitos o ostracismo é a maior pena que se pode imputar.
Preocupações práticas destroem sonhos teóricos, hipóteses e fantasias. A práxis nos torna burgueses. O pão e a carne de cada dia é indispensável ao pensamento. O tempo à contemplação e ao ócio criativo fica cada vez mais reduzido, e pior, contestado! Pressões do ambiente quase nos convencem de que o mundo etéreo e abstrato das ideias é tolice.
Compromissos e obrigações com pessoas, animais, plantas, casas e textos – adulto é responsabilizar-se. Sociedade de adultos infantilizados e de crianças sem infância completa nos faz repensar valores. Seria bom poder escolher com o que se preocupar e ocupar, contudo não há plenitude, somos encurralados e as decisões são de qualquer modo tomadas.
Quais objetivos são inflexíveis, quem sabe como será o futuro? Há planos, mas num ambiente aberto e em constante mudança, as situações são adaptadas às vontades. Ainda não sei direito o quero, mas estou fazendo o devir, cotidianamente, algum dia saberei exatamente para onde vou? De qualquer maneira vagarei, se estiver vivo e saudável.
Ao segurar a mão fria eu me lembro de que ela morrerá para mim se a deixar partir, não tornaria a segurá-la, o que trava ímpetos de desistência. Nonada, viver é assaz perigoso, a morte está em todo lugar.
Após a partida, o tempo e os sonhos curarão a dor, mas saiba que personalidades não mudarão. Pessoas mudam, mas o que elas são, seu valores éticos e morais pouco se alteram, então.
Os sentimentos imanentes de quem é ou se faz de indiferente são genuínos ou manipulados para evitar constrangimentos? Parceiros se manipulam reciprocamente. A cultura também ensina a se ter emoções.
Sentimento de carência exige afetos para contrabalançá-lo. O que é desejável: diminuir a carência para não necessitar mais de tanto afeto ou aumentar as demonstrações de afetividade para reduzir a carência que sempre volta? E o perigo de se tornar mania e obsessão? Frieza e distanciamento seria uma boa solução. Todavia, quem deseja um mundo de pessoas com déficit de carinho? Seriam infelizes ignorando o motivo de suas tristezas, isto é, uma sociedade doente e deprimente.
Excesso de carência resulta em nervosas doenças, fico cansado de exigências, deixe-me curtir a decadência. Tenho direito a tomar líquidos banais e a dialogar com amigos superficiais. Aprendi a aceitar a mediocridade, apesar disso impedir a plena felicidade.
Uma família deveras coesa pode ser motivo de alegrias e de tristezas, abdica-se de si em nome da união, devo ambicionar esse turbilhão? Bem, somente quando estiver preparado, enquanto isso, é melhor ficar parado.
A linguagem corporal não mente, exceto para aqueles que foram treinados a mascará-la. Mas quem aprendeu a reconhecê-la? Por livros ou por intuição muitos conseguem captar sinais além da gramática e das palavras explícitas. Eu não sei mentir direito e não sei identificar mentiras, sou um ingênuo, minha saída é desconfiar, ser cético, sempre. Sei que não sou desenvolto socialmente, precisei racionalizar para entender os humanos, enquanto a maioria os compreende instintivamente.
Defendo o ceticismo e o método científico contra as religiões e as crenças infundadas. Pelo embasamento de argumentos ao alcance de verdades, mesmo que provisórias. O real só é válido se for legítimo. Ainda assim, é preciso conceituar, por vezes toscamente, para se ter alguma segurança, contanto que seja com método e não pela fé ou por mitos.
Tolerar ou toler: quem cede se ilude com as mudanças que não virão, e quem impõe impede idiossincrasias, que são qualidades para um e defeitos para outro, de se manifestarem. No desespero aceitamos tudo, todavia as frustrações são inevitáveis. Individualidades devem ser admiradas, amar não é tolerar, é se apossar de tudo, é por isso que só as almas gêmeas têm amor-paixão.
Uma parte oferece lições de desapego, enquanto a outra oferece lições de maturidade, nesse cabo-de-guerra o crescimento acontece. Porém, os fins se aproximam à muralha, como saber quando um ciclo terminou? A inefável admiração mútua dos corpos e de atos sustenta levemente quaisquer insinuações de derrocada.
Um desligamento automático é impossível entre os espíritos, a energia continua a conectá-los, e vai se arrefecendo e obliterando com o tempo e com a distância até restar apenas a partícula da lembrança. Entretanto, todo começo, bem como todas as transições, é difícil. A resiliência e a entropia negativa adaptam o corpo à nova realidade até se transformarem em aconchego, que é novamente rompido pela inserção de outra fonte calor no ambiente fechado.
Confiança é algo que se constrói ao longo prazo, stone by stone, step by step, e que desmorona em um único erro, que nem precisa ser grosseiro e crasso. Voltar a confiar como antes não existe, pois temos memória, e as sentimentais são as que mais demoram a fluir corredeira abaixo.
Há segredos que não devem ser compartilhados, não há onisciência, logo não há porque querer saber de tudo. Nem mesmo o dono do sigilo irá se lembrar de tudo o que houve; laissez-faire, laissez-passer.
Envolvimentos podem ser profundos ou serenos, porém quem sofre deseja modificar o outro, para embarcá-lo em sua trajetória sentimental, ou ambos chorarão ou ambos comemorarão. Pois é, todos somos egoístas, gostamos de compartilhar os prazeres e os desalentos. Todo mundo erra.
Não abro mão de minha liberdade, mesmo sabendo que ela é sempre limitada, pois é, vigilância é uma prisão. Restringir meus movimentos é amputar a minha perna; sofro com isso, tenho formigamentos em partes perdidas; vale a pena abrir mão de tudo em nome da liberdade, sinônimo de existência?
Necessária solidão, a vontade de ficar só e não apenas de se sentir sozinho, que poucas vezes foram efetivadas e que aparentemente será nada além de um sonho perdido. Alguns apreciam a exclusiva companhia da própria sombra, enquanto outros sofrem sem ter quem abraçar ou com quem conversar. Sim, para muitos o ostracismo é a maior pena que se pode imputar.
Preocupações práticas destroem sonhos teóricos, hipóteses e fantasias. A práxis nos torna burgueses. O pão e a carne de cada dia é indispensável ao pensamento. O tempo à contemplação e ao ócio criativo fica cada vez mais reduzido, e pior, contestado! Pressões do ambiente quase nos convencem de que o mundo etéreo e abstrato das ideias é tolice.
Compromissos e obrigações com pessoas, animais, plantas, casas e textos – adulto é responsabilizar-se. Sociedade de adultos infantilizados e de crianças sem infância completa nos faz repensar valores. Seria bom poder escolher com o que se preocupar e ocupar, contudo não há plenitude, somos encurralados e as decisões são de qualquer modo tomadas.
Quais objetivos são inflexíveis, quem sabe como será o futuro? Há planos, mas num ambiente aberto e em constante mudança, as situações são adaptadas às vontades. Ainda não sei direito o quero, mas estou fazendo o devir, cotidianamente, algum dia saberei exatamente para onde vou? De qualquer maneira vagarei, se estiver vivo e saudável.
Ao segurar a mão fria eu me lembro de que ela morrerá para mim se a deixar partir, não tornaria a segurá-la, o que trava ímpetos de desistência. Nonada, viver é assaz perigoso, a morte está em todo lugar.
Após a partida, o tempo e os sonhos curarão a dor, mas saiba que personalidades não mudarão. Pessoas mudam, mas o que elas são, seu valores éticos e morais pouco se alteram, então.
Os sentimentos imanentes de quem é ou se faz de indiferente são genuínos ou manipulados para evitar constrangimentos? Parceiros se manipulam reciprocamente. A cultura também ensina a se ter emoções.
Sentimento de carência exige afetos para contrabalançá-lo. O que é desejável: diminuir a carência para não necessitar mais de tanto afeto ou aumentar as demonstrações de afetividade para reduzir a carência que sempre volta? E o perigo de se tornar mania e obsessão? Frieza e distanciamento seria uma boa solução. Todavia, quem deseja um mundo de pessoas com déficit de carinho? Seriam infelizes ignorando o motivo de suas tristezas, isto é, uma sociedade doente e deprimente.
Excesso de carência resulta em nervosas doenças, fico cansado de exigências, deixe-me curtir a decadência. Tenho direito a tomar líquidos banais e a dialogar com amigos superficiais. Aprendi a aceitar a mediocridade, apesar disso impedir a plena felicidade.
Uma família deveras coesa pode ser motivo de alegrias e de tristezas, abdica-se de si em nome da união, devo ambicionar esse turbilhão? Bem, somente quando estiver preparado, enquanto isso, é melhor ficar parado.
A linguagem corporal não mente, exceto para aqueles que foram treinados a mascará-la. Mas quem aprendeu a reconhecê-la? Por livros ou por intuição muitos conseguem captar sinais além da gramática e das palavras explícitas. Eu não sei mentir direito e não sei identificar mentiras, sou um ingênuo, minha saída é desconfiar, ser cético, sempre. Sei que não sou desenvolto socialmente, precisei racionalizar para entender os humanos, enquanto a maioria os compreende instintivamente.
Defendo o ceticismo e o método científico contra as religiões e as crenças infundadas. Pelo embasamento de argumentos ao alcance de verdades, mesmo que provisórias. O real só é válido se for legítimo. Ainda assim, é preciso conceituar, por vezes toscamente, para se ter alguma segurança, contanto que seja com método e não pela fé ou por mitos.
Tolerar ou toler: quem cede se ilude com as mudanças que não virão, e quem impõe impede idiossincrasias, que são qualidades para um e defeitos para outro, de se manifestarem. No desespero aceitamos tudo, todavia as frustrações são inevitáveis. Individualidades devem ser admiradas, amar não é tolerar, é se apossar de tudo, é por isso que só as almas gêmeas têm amor-paixão.
Uma parte oferece lições de desapego, enquanto a outra oferece lições de maturidade, nesse cabo-de-guerra o crescimento acontece. Porém, os fins se aproximam à muralha, como saber quando um ciclo terminou? A inefável admiração mútua dos corpos e de atos sustenta levemente quaisquer insinuações de derrocada.
Um desligamento automático é impossível entre os espíritos, a energia continua a conectá-los, e vai se arrefecendo e obliterando com o tempo e com a distância até restar apenas a partícula da lembrança. Entretanto, todo começo, bem como todas as transições, é difícil. A resiliência e a entropia negativa adaptam o corpo à nova realidade até se transformarem em aconchego, que é novamente rompido pela inserção de outra fonte calor no ambiente fechado.
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