Vingança ao matraca
À sua volta tudo brilhava
Muitos puxa-sacos e convivas
Como se o sorriso transmitisse ouro.
Era sempre um hit a sua trilha
Ter sido criado por avó
Entortou essa criança,
Pular uma geração só
É de imprimir anacronismos.
Sem respeitar jovens nem os velhos
Fazia estragos nas filhinhas
Dos bons sujeitos e da ralé,
Baforando o seu fuminho
No bem-bom dos cabarés.
Mas malandro que é malandro
Sempre tem a sua fezinha
Depositada em seu santinho
E em sua ambígua jogatina –
Traz bonança e traz desgraças.
Contraiu tamanha dívida
Que de perto sumiram todos;
Solitário e faminto
Caiu ébrio em boca-de-lobo.
Quem dele sofrera danações
Se juntou a vários outros,
Foi tanto ódio acumulado
Pouco tardaria o malogro
Sobre o matraca agora quieto.
Do cavalo baio veio abaixo
Para nunca mais exibir poses,
Foi torturado e fustigado
Sobraram três míseros dentes.
De cidadãos hoje ele foge...
Sabe, a vingança não é maligna
É o maldito que se resigna
√α.θ+∆ε
P.S.: Não estou mais motivado a escrever, penso que o ciclo
deste blog já fechou. São praticamente 5 anos de expressões pouco
apreciadas por seis mil visitas. Tentarei dar um fim às poesias, pois neste momento estou me dedicando simplesmente em
compilar a pilha poemas publicados, a fim de botar alguma ordem e extrair disso alguma mensagem e
sentido. É claro que encontrar sentido em nossos atos é tão subjetivo quanto
interpretar arte, mas é o que podemos fazer, afinal linhas retas só existem na
geometria e não vivemos como geômetras, ao contrário do que almejavam os
platônicos.
É provável que prosseguirei escrevendo por aqui, porém com a cabeça mais preocupada em outras coisas. Tentarei postar somente o que realmente for importante, suspendendo a escrita dessas poesias, que aparentemente até então foram valorizadas apenas pelo escritor; eu já compus quase duzentas, das mais variadas formas e dos mais diversos assuntos, com muita e com nula mensagem. Nada sei sobre a possibilidade de abandonar essa veia artística, só sei do meu intento. Prevejo 1 ou 2 posts mensais, o que será bom para eu me dedicar a algo mais elaborado – e útil? Quero também focar em minha vertente musical, que afinal de contas a música é meio que substituta da poesia. Na verdade não é um adeus, é um "vai dormir".
Qualquer novidade eu informarei aos quatro ventos do mundo virtual. Ei, já escuto um feedback: sssh.. shhhi sshhhiu. ssshhh shiiu...
É provável que prosseguirei escrevendo por aqui, porém com a cabeça mais preocupada em outras coisas. Tentarei postar somente o que realmente for importante, suspendendo a escrita dessas poesias, que aparentemente até então foram valorizadas apenas pelo escritor; eu já compus quase duzentas, das mais variadas formas e dos mais diversos assuntos, com muita e com nula mensagem. Nada sei sobre a possibilidade de abandonar essa veia artística, só sei do meu intento. Prevejo 1 ou 2 posts mensais, o que será bom para eu me dedicar a algo mais elaborado – e útil? Quero também focar em minha vertente musical, que afinal de contas a música é meio que substituta da poesia. Na verdade não é um adeus, é um "vai dormir".
Qualquer novidade eu informarei aos quatro ventos do mundo virtual. Ei, já escuto um feedback: sssh.. shhhi sshhhiu. ssshhh shiiu...