Era Ela
Você vira a era da ira de Hera,
Fera e megera? Etérea pira amarela
Que vibra e gera, zera e após gela.
Da aquarela à tela: a pêra bela
Banguela magrela, a querela da feira,
Dá pilha a Maguila – a filha arteira
Sem eira nem beira mela a braguilha
Mira e fira, que pontaria certeira!
Prataria na portaria da putaria
Pirataria da pornografia; porcaria...
Rira aquela tira coveira, quem diria.
Na soleira interferia pela viela
Inteira viera a lira do Vieira
Que não reverbera como ela, ária,
Que dirigia a cantoria e a culinária
Com a cidra da cidadela de Canela
Encera, ou assevera, pois atira em gazelas;
Balela! São teras e teras de alegria
Rodela! Sua vela não se regenera
Ele reagira ao que lera na cela
-*/(*&
Por que sorris?
Por que tu sorris?
Ganhaste algo de brinde
E vieste contar a mim?
Comprazer com tudo o que vês
E queres pedir o bis?
Por que tu sorris, idiota?
És motivo de escárnio,
Enquanto te achas janota.
Cândido ou carniceiro,
Feito urubu ou uma gaivota.
Por que tamanho sorriso?
Tantas notícias e desgraças
Nunca te servem de aviso?
Chega de ter a alegria estampada,
Por que não sorris conciso?
Por que sorris todo dia?
Para quê demonstrar a todos
A tua patética simpatia?
Mantiveste-te contente
Mesmo quando o ódio ardia?
Por que sorris, teu maldito?
Abandona esta cara de tonto
Para abrir logo teu bico,
Desde que com coisas reais
Ou ficará o dito pelo não dito.
Diz, fala, grita, berra,
Otimista saído de não sei
Qual inferno de terra,
Impropérios; faz bem, tenta.
Compra uma vez uma guerra!
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