Minha grosseira cacofonia
Sem poder me
livrar da mania de organizar orgias,
Sua enorme
energia incitava vagotonia,
Me entreguei
à metalurgia – um pasmo de sintonia.
Outrora o
tempo urgia; agora resto em catatonia
Era uma
agonia conviver com tal hemorragia
Já que a
harmonia se foi, fiquei com esta alergia.
Passava eu
por cirurgia quando o doutor a pele unia
E, a fim de
escapar da letargia, contraiu pneumonia
Emergia a
alegria e a sinergia da sertania
Enquanto a
ventania trazia, sem qualquer cerimônia,
Sua habitual
magia, quedando qualquer querimônia,
Esta fobia
de quem covarde a vida regia
Rangia a
porteira e a parteira notava a coprofagia
Do iniciado
em necromancia (culpe a autoctonia)
Duma antiga
capitania, usurpado sem parcimônia
Nem
misericórdia vazia. Sentia ardor de amônia!
Caqui? Cá,
aqui.
Cadê ela, a
cadela?
Se estiver
lá, e a sesta velar,
Ela pra cá,
a mandala, mandá-la-ia.
Fiz, e de
novo faria, esta grosseira cacofonia
Aguarde o capim germinar
São
mixarias, nuances, detalhes,
Tantos
aspectos banais, veniais,
Antes tão
invisíveis quanto garis.
Meus olhos
não estavam prontos pra ver:
O coração
ignora o que não o faz bater
Saudosamente
ouço alguém dizer:
“Olha como a
lua hoje está bela!”
Lembro da
clássica película de Méliès.
Uma frase
apazigua querelas
É a volta do
sentimento de nostalgia
Das coisas
que eu nunca vi, mas vivi,
Pude
experienciá-las amiúde.
Ah, tantas
vidas já passaram, perdidas
Um vendaval
derruba panos e planos.
À guerra
prosseguem vários danos,
Mas o ancião
persegue sorrisos;
Singelo, recebe
a sós seus amigos.
Este é hoje
o solo onde leve eu piso
Agora pode?
Ainda não!
É momento da
milagrosa oração
Aguardo a
terra germinar o capim.
E agora,
pode? Agora sim!
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