18 de fevereiro de 2013

Um Hiato


Entre papos e sopapos
Uns políticos pútridos,
De posse de maças marciais,
Tossem regalias esdrúxulas.
Nunca endosse anomalias mixurucas!
 
O lema do sistema é:
Venha, trema!
E teima se puderes
Ou se pudores tiveres.
 
Nas vias dos reveses
Seguiam disputas estúpidas
Ao invés do que a lei, ou o rei, regia;
Todavia se viam entupidas.
 
Apostólicos e históricos
Estoicos cachaça rechaçam
E troçam das nossas galinhas –
Essa joça que fossa abolia.
 
Vão melando o não lindo hindie
Nos meandros de seu melindre:
O arbítrio do sátiro,
Como árbitro sabido,
É um hábito saído
De um sítio com salitre.
 
De mentes mortas
Uma mosca é amante,
Sente que há amostras
Aos montes. Lá, avante!
 
A frenologia e seu frenesi
Enfim tiveram um fim.
E não foi bem assim
Que você veio até mim
E eu vim frenar por aqui?
 
Vós, vôs, foi dez
A foz de oito pés.
Há algoz e morbidez,
Vós vos fodeis.
 
Peçais peças à beça,
Só o besta não presta
Da cabeça, apressa...
O resto é destro,
Nem presto nem canhestro;
Destoou dos sestros,
Posposto que testa
Mais às pressas?
 
Estatística sem mística
E analítica sem características
Não esticam nem criticam,
Serão sempre balísticas.
 
Sigo meu faro e atalho
Pelo bromedálio vendo otários
E um dromedário macabro.
Abro o calendário,
Evito atos falhos,
É como um candelabro,
Descaro vários.
Meus caros, me calo.
 
P.S.: Hiato duplo, um bom período sem publicar algo e um mais longo ainda sem publicar algum poema non sense.

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