9 de abril de 2010

In a given sunday

Uma Psicologia

De Freud, sobre melancolia e luto
Da obsessão pessimista à perda o fruto
Superada pela literatura
Também por música ou, talvez, pintura

Nos ensinam a como levantar
Então, aprendemos a levitar
Sim, meu mundo inteiro pode cair
Mas eu não caio, não posso ruir

Há insegurança, por baixa auto-estima
Canções a contrapor a depressão
Desindividuar, essa obra-prima,
Consegue a cura e dispensa a sessão

Leveza – educação sentimental
Necessário desapego total
Apegos – depósito melancólico
Desejos degenerados em pólipos

Vento que tudo nos leva e nos traz
Induz a notar tanto esta presença
Quanto essa estranha ausência
Unidade mantenedora da paz

Exposição a traumas à parte
Sie traumen in dieser moderne Stadt
Teve a couraça psíquica adquirida
Mente insensível a choques da vida

Exigir dos outros a paciência
Sinal óbvio e claro da decadência?



Arrependeste?


Repita: ele não passa de um bosta
Esse alguém que você ainda gosta
Você não aguenta a indiferença
Preferia, pois, correspondência

No que se tornou o mundo atual
Só vê o pior, tudo lhe faz mal
Dos erros é apenas dele a culpa
No desabafo, então, tu deturpas

Fato, história que não foi ruim
Mas você diz que acabou assim
Por sua raiva tão acumulada
Do passado, agora, restou um nada

Antiga chama, não chama, ignora
Contentas-te em ter sido uma nora
E tentas, às tantas, dar o fora
Agora, chora, hora de ir embora

Isso não lhe retira o motivo
Repense este seu terrível crivo
Basta curar o orgulho ferido
Ambos os caminhos são compridos



P.S.: Por que não consigo pensar no futuro e fazer planos?

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