Regurgitar
Metafísica, que pode falsear memes,
Todavia reúne razão e episteme
A existência, com suas ontologias,
Parece, mas se difere das fantasias
Exprimindo o cinismo que me é peculiar,
O ceticismo que irrompe do particular,
O ateísmo, à minha reputação recorrente,
E as críticas sobre a forma e a matéria, mormente
Recuso, refuto, rejeito, regurgito
O que eles – incautos, sensíveis e ilógicos –
Chamam de alma, entidade ou sobrenatural,
O incorpóreo - sem matéria e espiritual
Talvez pela falta de fé eu me coroo;
Algumas verdades eu rotulo de ilusões
Há também o oposto e demais combinações.
Não julguem o fenômeno, assaz restrito,
De energia sem causa; entendimento, insisto!
&
Apelo à estação
Divague sobre a nouvelle vague,
Divulgue-a sem pressa e sem vagar
Noviço, sem apelar a convícios,
Que atropela o serviço, sem vícios
A tentativa de instruir o menino,
De obstruir o malogrado destino
É a alternativa de destruir o fascínio
A fim de construir seu autodomínio
É sabido que a admoestação da libido
E do que mais for assim tão descabido
Será a manifestação do proibido
E a gestação dos que foram sucumbidos
Está, então, concebida a contestação
Do ressabido: tem-se uma infestação
De zumbidos do exibido e deslambido;
E uma prestação de contas do inibido
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