Em atos se fazendo
Eremita, um
tanto arcano,
Escuta os
prantos, soprando
Entre
sapatos e panos.
Eia, de um
salto entra o profano,
Errante
mulato obsceno,
É ingrato,
assim vai procedendo.
E sai do
mato o sarraceno,
Está armado,
com maça ardendo;
Entoa bem alto
seus hinos.
Tem estado
nosso assassino
Em estratos,
vem decaindo
Espalhado, e
dor reluzindo.
Eu sei como
trato meu sono,
Escapei do
nefasto Cronos;
Estampo no
retrato o trono
Espelhado,
os nobres repondo.
Ecoa seu
brado o forte huno,
Ermo,
revirado e profundo.
Encolheste,
incauto Bruno!
Epíteto:
gato ou Raimundo.
Hesitante
Hesitação,
posto ser oposto
À excitação,
essa vontade que arde,
É do elo
excisão, está avessa a duelos.
Soberba,
versa sobre equitação
Não sobe,
não sente a tração;
Atração? Só por
equiparação.
É o parado
palhaço sob porções
De emoção, o
espaço do cadarço,
Age
calabreadamente.
Irresoluto,
solta soluços;
Ao titubear
é um tatu ao mar;
A cada
vacilo acode bacilos;
Sempre
incerto, suspende-se, aberto.
Sujeito
inseguro, de ares soturnos,
Por seu
jeito indeciso é nunca preciso,
Todos são:
ameaça, vício e mordaça.
Tolo,
trepida na via entupida
E trôpego se
agita, já sôfrego.
Passará a
vida a claudicar
Com sua
triste cauda a arcar...
º°o0.
P.S.: Que venha 2013, apesar de não prometer nada.
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