A Alaíde
Alaíde, vosso alarido é chororô
Sentis repulsa por tudo que não vos pulsa.
Essa fleuma é causa da grande celeuma
e do tumulto transformado em insultos.
Minha asserção: caminhais sem tanta aversão!
Sabeis que algazarra não precisa ser farra,
Após as injúrias restará a lamúria
diante do penhasco, a vós o meu asco.
É nossa dissonância, pois carrego esta ânsia:
Demonstrar repugnância por vossa flanância.
Batuques
As bagunças de um lúgubre burguês:
Badulaques de butique e buquês;
Uns lacres, dois baques e laquês.
Basbaque por batuque luandês!
Aversão
Vê, sentir aversão ao Ave César
é conversa de quem vem versar
em Versalhes por falta de asserção
Faz tergiversar e dispensar
seus haveres, não quer averbar
só quer o que é adverso conservar.
Convém rever esta confusão:
As aves como a veraz versão
daquele que sem ver malversa
até haver de ceder em convulsões.
Então ele teve de reversar,
senão, para ele deserção!
Antevê o são de tenaz visão:
Na conversão haverão de adversar
sem as enviesadas lições
os adversários, pois é de César
o dia – Ave! –, seu aniversário...
P.S.: Foram esses os versos, sentiu aversão?
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