3 de outubro de 2014

Sobre o fim

Interrupções

Para que tanta fibra ótica?
O homem não se vê mais
Para que tantas letras na telinha?
Ninguém irá ler mais.

Começo, meio e meios
A mídia não quer fins,
A humanidade deles abdicou,
Também de sonhar o perfeito.

Começo, meio e afins
O homem vai girando suas rodas
E segue a esmo seu percurso,
Ainda se achando foda.

Este poema não é pra ter um fim
Pois é uma a mais mídia ruim

Eutanásia

Por favor, mate logo minha dor
esta vida é indigna
quem não a vê ainda?
O dito correto cidadão,
vulgo cordial cristão.

Deixem este estorvo para os corvos
Não sou mais dono de mim
não quero d’imagens viver
sub-repticiamente,
Enganaria a mim e a você.

Traga-me sorte, dê-me a boa morte,
acabe de uma vez com este
arrastado fenecimento
A estigmatização
que Caronte a transporte!


P.S.: O livro se chama "A normalidade" - ah, vá, não me diga!

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