Agora o lado B, mais raivoso:
Culpado?
Culpas impregnadas
Não fuja da linha, eles sempre aconselham
Meu papel social – me formar bom rapaz
Multas demasiadas
Violento ostracismo, como se eu precisasse
Me passar por um tolo no meio de escravos
Fugas importunadas
Não há escapatória, na multidão digital
O mundo privado é tormenta de outrem
Chuvas indesejadas
O anúncio viral, tão intenso e vazio
Pois só o consumo salvará a nação
O ônus foi invertido
Prevento veredicto
Devo aceitar ao redor a pressão
E me resignar em vis neuroses
Culpa!
Já me fazem culpado (todos são culpados)
Culpa!
Já da capo culpado (se sintam
culpados) –
Mídia: o superego moderno
Mulas endinheiradas
O novo copia velhos atos grosseiros,
Emergem sem fim os idiotizados
Putas domesticadas
Meninas que sentem já cedo o mercado
Perpetuamente infantis, as putas incultas
Influência fluente, eles mentem (comprem, comprem, comprem)
E as falsas promessas nos vendem (comprem, comprem, comprem)
Único anseio: ficar muito rico
Pertences, presenças, da alma a falência
Rusgas dissimuladas
Peritos em desviar a atenção
Anestesiam, amortecem as críticas
Lutas procrastinadas
Querem embotar existências insanas,
Mas não sou da corporação o fantoche
O ônus foi invertido
Prevento veredicto
Devo aceitar ao redor a pressão
E me resignar em vis neuroses
Culpa!
Já me fazem culpado (todos são culpados)
Culpa!
Já da capo culpado (se sintam
culpados) –
Mídia: o superego moderno
A Idiotas
Não quero saber
Nem venham me contar
Não quero saber
Vão morrer pra lá
Idiotas
Idiotas, idiotas
Chegam aqui
Achando que eu sou brother
Cheiram mal
Minhas narinas logo entopem
Fodam-se
Saiam já daqui
Movam-se
Ou meu pavio vai explodir
Urubus
Só carniça na carniça
Que juntos apodreçam
Estou mais é nem aí
Se vivem na miséria
Desejo que desapareçam
Idiotas
Vocês todos idiotas
Pois preciso explicar
Que eu não gosto de ninguém
Circulando, circulando
Ou o padre vai dizer amém!
Prazer na Dor
Talvez resquícios da infância
Ou quiçá o perfume da matança
A matança...
A herança brutalmente lhe invade
Sei que é a do mestre Sade
Esse sádico...
Dizem tortura nunca mais
Só que o terror muito atrai
Nos atrai...
Os masoquistas na prisão
Óbvia auto-flagelação
É tão Masoch...
Apanhar, bater
Esganar, sofrer
Sei, isto vai doer
Submisso a você
Prazer na dor
Homem entregue ao estupor
Prazer na dor
Anseia por tanto calor
Que maravilha esse horror
A agressão se torna amor
Pain! Pain! Pain! Pain!
A mentalidade doentia
Bastante algolagnia
Ele agoniza...
Ver a rubra nódoa na privada
E toda a pele costurada
Belas costuras...
Tem os tiranos predadores
Em seus servos bons atores
Bom, é recíproco...
Vinganças consensuais
Tem êxtases sexuais
Vai, excita mais...
Extremo pacto, por traumas
Imaturos com orgulho e sem almas
Castiga os distúrbios, a raiva!
A si, aos demais, ele mata
Apanhar, bater
Esganar, sofrer
Sei, isto vai doer
Submisso a você
Prazer na dor
Homem entregue ao estupor
Prazer na dor
Anseia por tanto calor
Que maravilha esse horror
A agressão se torna amor
Buquê
Vem, vem para perto de mim
Vem, não chegou nosso fim
Ainda há tanto a se fazer
Sonho, clichê
Vem, relembre lá, desde os confins
Sempre florindo o jardim
Adentre e veja ele crescer
É um buquê
Tão fácil de escapar
Eu volto a te agarrar
Teu cheiro, sei, é o meu lugar
Teus beijos vêm de par em par
Nada irá nos separar
Vem, tente ficar por aqui
Tente esquecer o que é ruim
Atente ao que te fez viver
No fuzuê
Vem, relembre lá, desde os confins
Sempre florindo o jardim
Adentre e veja ele crescer
É o buquê
Tão fácil de escapar
Eu volto a te agarrar
Teu cheiro, sei, é o meu lugar
Teus beijos vêm de par em par
Nada irá nos afastar
Em minha
confusão
Em minha
confusão
me apareceu
você
Dentro da
confusão
seu equilíbrio
se perdeu
Nessa fina
confusão
que se meteu
você
É a minha
confusão
irada se
arrependeu
Aqui
pensou que
fosse o paraíso
lindo corpo
prometido
Fugi
se fez
na Terra esse inferno
inane
inadmissível
Além
nada havia,
rápido e rasteiro
o papo rude
fere via franquezas
Porém
as esperanças
se esvaíram
eis que
insípida e insossa
Se achou
sob um
tédio atordoante
as brigas
recobravam vidas
O ardor
nossa memória
do começo
era
fricção ficcionada
Em minha
confusão
me apareceu
você
Dentro da
confusão
seu equilíbrio
se perdeu
Paraná
tem fotos de
lá, historinha
subsumida, a
fim de proteção
Reparar
em nossos
próprios méritos?
só depois
do sopro, se se indispor
Falta
luz
no calor
ninguém aguenta,
suamos um
dia juntos
Nos reduz
a luzinha no
fim do túnel
que chama a
lama e os lamentos
Vai Mercúrio
informar a
nossos deuses
das heresias
sem remorsos
Eu
mergulho
por cima
de outra piscina
com sorte me
afogarei
Em minha
confusão
me apareceu
você
Dentro da
confusão
seu equilíbrio
se perdeu
Nessa fina
confusão
que se meteu
você
É a minha
confusão
irada se
arrependeu
Em minha
confusão,
que equilíbrio
se perdeu?
Em minha
confusão,
nada, nada se
aprendeu?
O coxo
Ele era um coxo
Mancava da perna esquerda
E quase não se aguentava em pé
Ele manquejava, e era muito
Uma perna era torta
Enquanto a outra, super fina
Claudicou a vida toda
Cansou, chutou o balde
E caiu!
O saci caiu!
Hefesto caiu!
Do chão não passa.
Queria amputar sua perna
Trocar por uma prótese
Não mancaria jamais
Não seria um capenga a mais
Uma perna era torta
A outra, um mero graveto
Claudicou por toda a vida
Cansou, chutou o balde
E caiu!
O saci caiu!
Hefesto caiu!
Do chão não passa.
Quando será a sua hora?
É uma pintura: risca e arrisca, surge o artista!
Quem é o maior cidadão do mundo?
Qual é o lado que me faz profundo?
Quanto tempo falta para lhe esquecer?
E quando é a hora para amar você?
Deve haver algo a mais àquele que busca a paz
Quando é pior invocar o orgulho?
Em qual límpido lago eu me misturo?
Quem é que vai a Malta para envelhecer?
Quem vê a lua nova em meio ao fumacê?
Se ela diz que sim, vem a mim um belo marfim
Como pode o mago trespassar um muro?
Quantos altos fados só parecem barulhos?
Por que um homem mata e logo diz amém?
Até onde eu vou andar a fim de me aquecer?
Sei que não dura, ela acusa, escusa e infusa
Quem é o maior cidadão do mundo?
Em qual límpido lago eu me misturo?
Por que um homem mata e diz logo amém?
Quem vê a hora andar tende a desfalecer
Apesares
Apesar dos apesares a vida é muito boa
A pesar os pesares quem será que reclama?
Pesar os apesares no conforto da cama
Apesar dos pesares dela nunca se enjoa
Apesar de você o pesar há de ser
Peso de esconder, apesar de querer
A pesar os pesares não troco o sofrimento
Apesar do apesares visto o fardo sem luto
Apesar dos pesares nem tudo são lamentos
Pesar os apesares entristece, contudo
O pesar há de ser apesar de você
Apesar de querer peso de esconder
Apesar dos pesares leve é sua verdade
Apesar dos apesares teve felicidade
A pesar os pesares ônus é moderado
Pesar os apesares foi desequilibrado
Apesar de querer, apesar de você
O pesar há de ser peso de esconder
Pesar os apesares, por favor, faça a fineza
A pesar os pesares e trazer muita beleza
Apesar dos pesares a nossa alma se vai tesa
Apesar dos apesares o alimento tá na mesa
Peso de esconder o pesar há de ser
Apesar de você, apesar de querer
¬¢£³²¹
P.S: Renderia um disco, mas faltaram integrantes, disciplina e grana.