No livro que eu lancei há pouco tempo selecionei poemas e deixei de fora as músicas. Aproveito a oportunidade para republicá-las aqui no blog a quem interessar, deixando de fora as letras em inglês. Há as que contêm melodia transcrita e as que existem apenas em minha cabeça. De qualquer forma, quero demonstrar que além da literatura, a música é outra arte em que me envolvo. Há ainda o cinema, porém nesse caso não há produção da minha parte, mais por falta de de acesso aos meios técnicos para filmar curtas e longas do que curiosidade em atuar/dirigir mais essa forma de arte. Sem mais delongas, fiquem com as composições (não necessariamente em ordem cronológica):
Mestre dos Sonhos
Mestre dos Sonhos
Doces sonhos é o que tu tens
E fazem tua cabeça girar
Teme nunca mais sentires bem
Pois te encontras em vias de pirar
Então afogas na própria mente
Esperando que as imagens apareçam
Irás torna-te um ser deprimente
Sem qualquer controle, tu pensas...
Vários fantasmas te assombram nos
sonhos
Imploras por ajuda e não consegue
acordar
Estás sendo possuído por um ser risonho
São sonhos impossíveis de se controlar
Achas que não passa de mais um pesadelo
Toda a verdade, verás num só instante
Ajudado por algum ser supremo
Que aparece em teu sonho constante
Odeias imagens que vês na viagem
Nunca tendo explicação coerente
Adoras tanto a visão da miragem
Que aguardas ela seja real, é.
Vários fantasmas te assombram em sonhos
Imploras por ajuda, mas não vais
acordar
Estás sendo possuído por um ser bisonho
É o mestre dos sonhos, que vai te dominar
Loucura
A loucura - para o louco a cura
A secura - após a sepultura
Mordedura - modelo linha-dura
Armadura - projétil se anula
Prefeitura - muita gente adula
Atadura - antes leia a bula
A conjura - conjunto que copula
Nas alturas - o crime me perfura
Coisas demais nunca me deixam em paz
A arte desfaz - projeto leva-e-traz
O artista me faz estas coisas a mais
É a parte de trás que protege meu cais
2x:
A loucura - para o louco a cura
A secura - após a sepultura
Mordedura - modelo linha-dura
Armadura - projétil se anula
Prefeitura - muita gente adula
Atadura - antes leia a bula
A conjura - conjunto que copula
Nas alturas - o crime me perfura
Coisas demais nunca me deixam em paz
A arte desfaz - projeto leva-e-traz
O artista me faz estas coisas a mais
É a parte de trás que protege meu cais
2x:
O louco seco morde a arma
(O louco seco morde a arma)
No mouco beco perde a alma
Dura, dura? Travada feito mula
Pula, pula? Ninguém mais te atura
Jura, jura? Que um animal ovula
Pura, pura? Satisfaz tua gula
Dentro daqui não posso mais ter
Controle, ciência, dinheiro e poder
Dentro daqui não há como ser...
No mouco beco perde a alma
Dura, dura? Travada feito mula
Pula, pula? Ninguém mais te atura
Jura, jura? Que um animal ovula
Pura, pura? Satisfaz tua gula
Dentro daqui não posso mais ter
Controle, ciência, dinheiro e poder
Dentro daqui não há como ser...
Ph.Deuses
- Eu estudei, sei mais que você, sou P-H-D
- Ph.Deuses deveriam, por vezes, limpar minhas fezes.
- Eu estudei, sei mais que você, sou P-H-D
- Ph.Deuses deveriam, por vezes, limpar minhas fezes.
- Trabalhe, trabalhe, não atrapalhe. Paspalho, se cuide!
Trabalho, trabalho, siga na marcha, atento. Circule.
- Quem sabe, quem disse, quem manda, alguém sabe dizer o porquê?
- Em seus relatórios quero mais foco, você está aquém;
Fracasso, fracasso, serviço em nível de um cabo raso
Atrasos, atrasos, todo seu salário vale meu cadarço
Não compartilho o saber; vocês todos inúteis!
Atrasos, atrasos, todo seu salário vale meu cadarço
Não compartilho o saber; vocês todos inúteis!
Eita vidinha de infame, seus gostos são fúteis!
- O pequeno burguês se recusa a viver como chinês
Senta-se à mesa do chefe e sente o poder de uma vez
Lei da mordaça, lei da fumaça... e bebe da taça.
Séquito bobo rindo aos montes de coisas sem graça
- Braços direitos e privilégios ao novo rei!
Mantenham o ritmo, eu é que mando, é minha a lei!
Diploma de Ph.D, licença de Ph.Deus
Diploma de Ph.D, licença de Ph.Deus
Mega, mega, megalomaníaco!
Nega, cega, veda, alega.
Mega, mega, megalomaníaco!
Nada, nada, além de um maníaco.
Diploma de Ph.D, licença de Ph.Deus
Mega, mega, megalomaníaco!
Nega, cega, veda, alega.
Mega, mega, megalomaníaco!
Nada, nada, além de um maníaco.
Malditos sejam
Verso:
Ninguém – sabe onde isso tudo vai parar (não... não, não)
Alguém – aproveita e manipula a nação (na exploração)
Verso:
Ninguém – sabe onde isso tudo vai parar (não... não, não)
Alguém – aproveita e manipula a nação (na exploração)
Sabem – os pilantras que corrompem sem perdão (sem perdão)
Invadem – minha casa e obrigam a me calar (são cães, cães)
Também – caçoam e prometem se vingar (sem noção)
Além – de jogar seus desafetos num lixão
Pré-refrão:
Nada será igual
Ele ludibriará
Espalhará todo o mal
Aguarde pelo final
Refrão:
Maldito seja quem traz o terror
Também – caçoam e prometem se vingar (sem noção)
Além – de jogar seus desafetos num lixão
Pré-refrão:
Nada será igual
Ele ludibriará
Espalhará todo o mal
Aguarde pelo final
Refrão:
Maldito seja quem traz o terror
Maldito seja, se ele vem, acabou
Maldito seja quem faz o furor
Maldito seja!
Malditos sejam
Verso:
Por quem – os sinos novamente dobrarão? (pelos irmãos)
Amém – cada seita jura poder nos salvar (circo e pão, circo e pão)
Ardem – os malditos que devoram corações (e que se vão)
Cantem – os rituais dos grandes índios kaiovás
Aquém – os bandidos que desejam nos roubar (cadê, onde estão?)
Vintém – pouco mais do que o merece o bufão
Refrão
Ponte:
Usam, abusam, gastam, desgastam,
Desgraçados!
Fazem, desfazem, rapam, derrapam,
Desgraçados!
Cobrem, encobrem, matam, desmatam,
Desgraçados!
Mentem, desmentem e contam descontos,
Desgraçados!
Fazem, desfazem, rapam, derrapam,
Desgraçados!
Cobrem, encobrem, matam, desmatam,
Desgraçados!
Mentem, desmentem e contam descontos,
Desgraçados!
Pré-refrão
Refrão
(Rap)
No subúrbio tenha sempre seu ardil
Ando pelo bairro e paro na esquina
Está pichado o muro, maior cheio de
urina.
Sigo o meu rolé, não suporto essa
caatinga;
O buraco é tenso, não te explico, é só
vendo
A cinquenta passos eu percebo um
moreno
Chego perto dele, o malaco tá fedendo.
Nesta noite, sei, carniça é minha
sina,
Parto para o bar, que o goró me
alucina.
Que infelicidade, me oferecem cocaína.
Tenho cara de burguês?
Ou um perdidão talvez?
Não quero ser um freguês
De malucos, sim, vocês!
No subúrbio tenha sempre o seu ardil
É a lei da selva bem no meio do Brasil
O tiozinho no sinal se levanta, é um
alento,
Dirige-se até mim, passos em câmera lenta
E pede um real, eu recuo – só lamento.
Seu bafo de cachaça não tem vivo que
aguenta
A morte é mais um caso, apenas um
intento.
As ruas da cidade é esse tipo que
frequenta
O conselho de milhares serve de alerta
Infortúnio coletivo é o que a voz projeta
Que nosso excluído a sombra o proteja
Pois lixo voltará, no prato ou na
bandeja –
Não seja o que ele enseja
E veja no que o fim despeja.
Não seja o que ele enseja
E veja no que o fim despeja.
Relaxo todo o corpo, prossigo mó
intrépido,
Não demora muito, quase piso num
decrépito.
Aqui por essas bandas desgraça é em
avalanche
Não dá nenhuma Chance, agiliza uma
Revanche,
Sou macaco velho, tenho sempre meu
ardil:
Longe mês de Abril, fugidio, nem me
Viu!
No subúrbio tenha sempre o seu ardil
É a lei da selva bem no meio do Brasil
Se eu fosse engravatado, fodão do
Ministério,
A vida desses manos não teria mais
mistério.
Retirava da gaveta plano gasto, já bem
velho:
Distribuía a Renda, acabava com a
Tristeza,
Não haveria um moleque sem jantar e
sobremesa.
Por enquanto ele chora: ou almoça ou
reveza,
Ou almoça ou reveza.
Em assuntos tolos todo povo é bem
sincero
O papo é furado; lá a tia, vem com
lero.
Quem dera com o tráfico grau de sigilo
zero
É pow, pá, pum! Não vai sobrar
nenhum...
Barbárie e violência, tretas que eu
não tolero.
Ciclos retomados e infantes sem
futuro.
“Um peito com três Furos, assim é que
eu Faturo”,
Diz o vagabundo, com fuzil, atrás do
muro...
É a lei da selva bem no meio do Brasil
Muita gente no mundo
Não se pode viver sem respirar
sem comer, se proteger, ou se cuidar
Tudo bem fenecer quem não preservar
a muitos já é um fardo o pensar
Seja por questão moral, ou social,
eles só pensam na própria redoma
Indômitos ao descaso ambiental,
de tão insustentável surge sua agonia
Queimam, corrompem, destroem
mais aqui, mais ali, é sem fim
Terrenos, sistemas, os planetas,
não há praga que seja tão ruim
Superpopulação
É aniquilação
Insana nutrição
De espécies extinção
O irresponsável é intolerável
são muitos os direitos e poucos os deveres
Vão nossos governos provendo seus poderes
compondo essa massa amorfa de psicopatas
Acabou-se o paraíso aqui na mata
A selva de pedras é uma desgraça
Quanta natureza para usurpar,
é esbanjamento do lindo assassino
Pré-histórica nostalgia
A lógica e a tecnologia
Expansão em exponencial
De nós, os colossais cupins
Superpopulação
Aniquilação
Insana nutrição
De espécies extinção
Não se pode viver sem respirar
sem comer, se proteger, ou se cuidar
Tudo bem fenecer quem não preservar
a muitos já é um fardo o pensar
Seja por questão moral, ou social,
eles só pensam na própria redoma
Indômitos ao descaso ambiental,
de tão insustentável surge sua agonia
Queimam, corrompem, destroem
mais aqui, mais ali, é sem fim
Terrenos, sistemas, os planetas,
não há praga que seja tão ruim
Superpopulação
É aniquilação
Insana nutrição
De espécies extinção
O irresponsável é intolerável
são muitos os direitos e poucos os deveres
Vão nossos governos provendo seus poderes
compondo essa massa amorfa de psicopatas
Acabou-se o paraíso aqui na mata
A selva de pedras é uma desgraça
Quanta natureza para usurpar,
é esbanjamento do lindo assassino
Pré-histórica nostalgia
A lógica e a tecnologia
Expansão em exponencial
De nós, os colossais cupins
Superpopulação
Aniquilação
Insana nutrição
De espécies extinção
)(*&¨%$#@!
P.S.: Tomorrow comes the next part.
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