10 de outubro de 2013

Quem um dia esperou de mim poesia?

Poemas sem títulos

I
Aquarela de um poeta:
por versos vis escreveu sua história,
mesmo querendo escrever coisas belas.

II
Quem é severamente ferrado
Não gosta, dissimula, disfarça
Atraindo para si holofotes:
Rei se estima em amplo descampado

III
tu recebes vários aplausos
e te vanglorias por nada.
então vês como é falso teu povo
pra não mais cair em ciladas.

IV
Dizem que ele entende de solidão,
qual nada, só aporrinha
Sempre volta da feira com uma dúzia de limões,
beberica seu santo a caipirinha

V
Império do efêmero e das aparências
Civilização voltou ao primitivo
O não-verbal valendo mais que palavras
Imediatismos despertam paixões,
Agora sem freios. Hedonicamente
Recusamos o rótulo decadentes

VI
Dialética prolixa
Miríade de mixórdias
Nuanças a se perscrutar
a ignomínia do apedeuta.

Desfalece a persona
e doravante abrolham
Rebentos da marafona,
Inda que a concatenar
o incremento de fidalgos.



P.S.: Mesmo sendo poesias com pouco amor, quem esperava de mim de poesias autor? Ser alternativo é ser surpreendente, não faço parte de grupo algum, isso sim é ser independente. O resto é autoafirmação, há pouco feedback na solidão. Sou um Zé Ninguém, portanto não posso dizer amém.

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