5 de novembro de 2013

Sem música e poesia todo domingo é de tempo fechado

Um bom domingo

Cadeira de sol na calçada
Cuia à direita, à esquerda a cadela
O teor: releituras ao relento
E na rua alvoroços da moçada

O fim de uma mosca

Quero me perder entre seus cachos
Quero arrancar-me um pedaço
Quero ser inflamado por um facho
Abandone os meus restos, que eu refaço.

Por favor, retire essas lentes
Escuras, represam além dos raios
As faíscas e o calor desses dois olhos
Que fulminam minha fátua mente
De idéias e anseios de lacaio.

Ignore minhas asserções
E ignore outros devaneios
Deste que não será seu protetor,
É mosca em loops sem projeções
Como quem promete não ignorar
Aquela que seria o grande amor.

Jamais sorria para mim,
Poupe sua simpatia
Poupe o mísero luto meu,
Sua alegria em minha direção
Duraria pouco, assim como a razão
De ser, após seus lábios em carmim
Anunciarem do nefando o fim.

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