Ah,
intrusa
Ah, se ela dissesse uma palavra sobre seus
atos,
uma mísera, mas não disse.
Esse desprezo poderia ser o ponto fraco,
daquele que tanto contorceu, batalhou,
mas só recebeu o destrato,
mas só recebeu o destrato,
quiçá podendo ser resumido a farrapos,
qual nada, simplesmente primeira impressão:
a angústia é seu favorito prato.
Ah, como a ele ela tortura, adoece, mata,
sempre aos poucos,
o ego dele, a princípio,
não gosta desse tipo de jogo,
quer de qualquer modo dizer “pare, eu sofro”,
contudo embaixo dessa idiotice toda
há o que chamamos ”vital fogo”.
Ah, eterna chama que arde e apadrinha,
sem ela jamais haveria divertidas festinhas;
não há balde d’água fria
dessa enaltecida musa
capaz de apagá-la em definitivo.
é verdade, da sorte ela abusa,
é verdade, da sorte ela abusa,
(ou na verdade ela que traz a sorte?)
Ela jura que
gostaria de ser protegida:
promessas, carícia, ameaças,
aquela ternura
compassiva.
Porém, por nunca
abaixar sua guarda
fica parecendo homicida
ou a impassível
diva.
Trata seu macho
com rédeas bem curtas:
manda, desmanda, xinga e grita,
aquela neurose de
mal amada.
Inferiorizado, ele
obedece
e congela a virilidade islamita –
círculo vicioso
que cresce.
Invariavelmente a
sádica segura o controle,
tem tudo em áspera mão
que acena por
conhecer de antemão.
Resta ao reles
mortal fantasiar
como seria se o desditoso papel
de vassalo e bom
serviçal fosse largar.
Toda fêmea alfa
tem mais o que fazer
do que se preocupar se o cara
está com a barba
aparada.
Quem de fora por
alto entrevê
sabe o término das controvérsias:
mais um ponto para
a megera que enfara!
@ª9§£|
P.S.: Vou dar um fim nas poesias por enquanto. Está chato, acontece com a maioria dos artistas e escritores, achar que as coisas por vezes não passam de perda de tempo e que se não existisse a obra não faria a menor diferença pra galera. Vou focar em textos filosóficos e na arte em prosa. Tentarei me assombrar menos com os fatos do mundo, retornando à visão mais esquemática deles. Ah, se eu não postar mais nada este ano, boas festas pra vocês, meus parcos leitores. Não tão poucos assim, pois cheguei a 5000 visualizações no blog, mas relativamente é uma mixaria, considerando que ele tem quase 5 anos e 200 postagens. De qualquer forma, em algum lugar minha mensagem singela e extravagante está chegando em algum(s) ponto(s) do globo. Eu tento ser eu mesmo, porém no fundo almejo algum tipo de reconhecimento ou feedback, mesmo que destrutivo. Portanto, não espere ser paparicado, leitor meu, só lhe garanto um dia dizer adeus.
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