Sobre o nome do blog e a intenção de criá-lo:
Eu sempre gostei de trocadilhos, desafia a nossa mente e nos faz rir. Há algumas interpretações óbvias: anormalidade, a normalidade, a normal idade. Mas também faz referência ao meu nome, André Nör, aplicando à qualidade mal, porque sempre fui contra os interesses populares e sociais, sou um questionador das convenções e da moral dominante. Não que isso passe uma conotação negativa, mas basta não querer ser querido, para todos olharem-me "atravessado".
Minha intenção com o blog é apenas ter um local onde colocar as minhas ideias, afinal sou solitário, sem contatos que me estimulem a produzir profissionalmente obras acadêmicas, artísticas, filosóficas, musicais, etc.
Como sempre, tenho que tomar a iniciativa e ser autodidata em conseguir as coisas, em guiar a minha vida. Mas isso é do Zeitgeist, tornou-se chavão, mas espero ter algo autêntico a dizer aqui, apesar de saber que praticamente tudo já foi pensado e publicado. Por isso, hoje, é só status o que todos querem, aquele que explorar melhor o monte de ideias que transborda na rede e na sociedade, colocando uma bela roupagem e despertando a vaidade nas pessoas, terá a sonhada fama. Taí, vaidade, uma coisa que não quero com este blog, até mesmo porque ninguém irá ler minhas confusões. Estou como sempre, filho único, a conversar sozinho.
Mas como o nome blog sugere, isso é normal e anormal, dentro do espírito de minha idade. Minha existência um dia se justificará? Por aqui com certeza não, talvez eu apague tudo porque a vida não deve ser lembrada, deva apenas ser vivida e experimentada, não é nostálgica, mas teimamos em relembrar dos tempos de vigor físico e intelectual. A vida é leve, dura e doce; o inferno somos nós; o que pode dar sentido à vida?
.
Só choro existencialista, afinal, a ignorância é uma bênção, não se sofre por não saber. Mas existencialistas que somos, desejamos sempre mais e sofremos sempre mais, queremos saber, queremos segurança, queremos felicidade. Mas que paradoxo, a felicidade consiste no duelo, em superar o sofrimento sem saber do exterior, mas apenas do interior, assim não nos tornamos homens, ficamos apenas como máquinas comandadas por alguma força microscópia. E não me venham falar que a ciência vai resolver isso, com suas fórmulas mecânicas e com seus placebos "marketizados". Isso nunca curou a angústia humana. Só a aumentou, ao afirmar que as coisas são possíveis.
Só choro existencialista, afinal, a ignorância é uma bênção, não se sofre por não saber. Mas existencialistas que somos, desejamos sempre mais e sofremos sempre mais, queremos saber, queremos segurança, queremos felicidade. Mas que paradoxo, a felicidade consiste no duelo, em superar o sofrimento sem saber do exterior, mas apenas do interior, assim não nos tornamos homens, ficamos apenas como máquinas comandadas por alguma força microscópia. E não me venham falar que a ciência vai resolver isso, com suas fórmulas mecânicas e com seus placebos "marketizados". Isso nunca curou a angústia humana. Só a aumentou, ao afirmar que as coisas são possíveis.
- - - - - - -
São muitos conflitos e eu é que não vou resolvê-los para você. Não consigo resolver nem para mim, só aprendo a administrá-los e a um dia sonhar em compartilhá-los com alguém que queira viver essa jornada junto comigo. Pois isto é fato, a felicidade não existe enquanto não compartilhada.
_
Vítima do dualismo
(Augusto dos Anjos)
-
Ser miserável dentre os miseráveis
— Carrego em minhas células sombrias
Antagonismos irreconciliáveis
E as mais opostas idiossincrasias
!
Muito mais cedo do que o imagináveis
Eis-vos, minha alma, enfim, dada às bravias
Cóleras dos dualismos implacáveis
E à gula negra das antinomias
!
Psiquê biforme, o Céu e o Inferno absorvo...
Criação a um tempo escura e cor-de-rosa,
Feita dos mais variáveis elementos
,
Ceva-se em minha carne, como um corvo,
A simultaneidade ultramonstruosa
De todos os contrastes famulentos
!
Tá a tua cara...
ResponderExcluirQuero um tbém.
Veroca