Uma decisão. Ou duas, ou três, não importa. Tomamos decisões a todo o momento. A maioria intuitivamente. Com algumas, achamos que é conscientemente. Há estudos dizendo que elas já existem antes mesmo de tomadas, mesmo com consciência – mas isso é outro tópico... SEMPRE decidimos com informações limitadas, ou seja, sempre a intuição tem seu papel. Mas as mais arriscadas decisões não são as que são tomadas com o menor número de informações disponíveis, não; são as que tomamos baseando-nos exclusivamente nas emoções, e temos que racionalizá-las para efetivá-las. São campos muitos distintos, apesar de serem companheiros – quase que paralelos.
Se pensarmos muito, deixaremos o mundo passar, agiremos pouco e nos acomodaremos com a realidade, estável, julgamo-la imutável. Mas imutável como, se tudo gira, o tempo passa e nós somos bombardeados por idéias, que em determinada hora se transformam em desejos. Satisfazemo-nos em sonhar com a efetivação desse desejo, se aceitamos o risco de realizá-los, aceitamos a formação de nossa própria história. O que é melhor: ser conivente com tudo o que se apresenta, negando a dinâmica da vida, ou tomar uma decisão rápida, mesmo que no final não cumpra seu objetivo? Não é apenas a conversa de “pelo menos, tentei”, é muito mais, é sentir a adrenalina de não saber o que vai acontecer com a nossa vida. Não importa se planejamos todos os períodos da vida, são muitas variáveis que não constavam em nossos cálculos, que sempre alteram o curso. Resta a nós mesmos ignorá-las, se for possível, ou percebê-las como oportunidade de mudança e de amadurecimento. Se não conseguimos ser eficaz, aprendemos com as mudanças que ocorreram internamente – isto quando não se está cego ou obsessivo com o seu alvo – e com os fatores externos, que são cheios de ensinamentos.
Só damos valor às coisas quando as perdemos. Esse ditado é banal, mas é justo aplicá-lo quando sentimos que deixamos para trás algo que gostaríamos que estivesse conosco no momento. Se não há jeito de trazê-las de volta, ou ficamos nostálgicos ou superamos e vamos atrás de algo que o substitua parcialmente, ou até mesmo totalmente. É só a experiência que nos indicará se estamos decepcionados com a decisão de largar ou não. Não digo arrependido porque eu só me arrependo do que não fiz – o que não foram poucas coisas... Toda decisão positiva (de dizer sim à situação) deve ser motivo de orgulho, mesmo que não tenha ocorrido conforme o esperado. A decisão negativa (de dizer não à oportunidade) carregará sempre o peso do “E SE”.
Só damos valor às coisas quando as perdemos. Esse ditado é banal, mas é justo aplicá-lo quando sentimos que deixamos para trás algo que gostaríamos que estivesse conosco no momento. Se não há jeito de trazê-las de volta, ou ficamos nostálgicos ou superamos e vamos atrás de algo que o substitua parcialmente, ou até mesmo totalmente. É só a experiência que nos indicará se estamos decepcionados com a decisão de largar ou não. Não digo arrependido porque eu só me arrependo do que não fiz – o que não foram poucas coisas... Toda decisão positiva (de dizer sim à situação) deve ser motivo de orgulho, mesmo que não tenha ocorrido conforme o esperado. A decisão negativa (de dizer não à oportunidade) carregará sempre o peso do “E SE”.
Isso nos remete ao discurso do saber. Somos curiosos, é inato. Se não almejamos o desconhecido, se não ousamos, significa que aceitamos as sombras. Vislumbramos apenas as possibilidades que adviriam de nossas decisões positivas. Seria bom se pudéssemos ser como o personagem de Nicolas Cage (Cris Johnson), em O Vidente, baseado no conto The Golden Man de Philip K. Dick. Tomar todos os caminhos possíveis, sabendo quais resultados que ocorreriam, para tomar a decisão mais satisfatória. Como acontece com os sistemas computacionais. Mas isso não é possível. E é bom na verdade, porque a vida fica mais emocionante. Precisamos aceitar que a decisão tomada foi a mais correta. E isso não passa por ser o mais racional possível. Depende mais de como aceitamos a vida e a construção de nossa história. Fazendo com que cada ato seja heróico, e não covarde. No fim, não é o acúmulo de saber que importa, mas, sim, a sabedoria que obtemos com nossas percepções.
Precisamos ter em mente que sempre somos seduzidos por elementos externos que prometem a nossa felicidade ao usufruirmos deles. Mas isso é um ciclo sem fim, as tentações aparecem em toda a parte. A seleção daquilo que julgamos como nosso de fato, é que melhorará a nossa vida, que impedirá a frustração. A decisão, então, foi tomada, arquemos com as suas conseqüências. Não há volta. Mas há sempre a possibilidade de construirmos novos caminhos. Nada está escrito. É possível uma decisão que não gere decepção? Não. São os julgamentos internos que nos fará melancólicos ou entusiasmados. Que sejamos metamorfoses, enfrentando as decepções e gozando as alegrias.
Precisamos ter em mente que sempre somos seduzidos por elementos externos que prometem a nossa felicidade ao usufruirmos deles. Mas isso é um ciclo sem fim, as tentações aparecem em toda a parte. A seleção daquilo que julgamos como nosso de fato, é que melhorará a nossa vida, que impedirá a frustração. A decisão, então, foi tomada, arquemos com as suas conseqüências. Não há volta. Mas há sempre a possibilidade de construirmos novos caminhos. Nada está escrito. É possível uma decisão que não gere decepção? Não. São os julgamentos internos que nos fará melancólicos ou entusiasmados. Que sejamos metamorfoses, enfrentando as decepções e gozando as alegrias.
Acho que toda decisão vem com uma decepção adrede embutida. Não há escapatória, rapaz. Viver é sofrer.
ResponderExcluir*Sobre os textos do 'umbigo', não saberia dizer se há inspiração: há muita transpiração. Para escrever é bom estar obnubilado, mas nem sempre é possível.
Farô, rapaz!