I
Em terra de ninguém
Quem se acha dono de terraMorto é por quem se acha rei
II
A água jorra,
se deságua no céu,
minh’alma se joga.
Desculpas Incertas
Minha voz atravessa
Corta a unha postiça
Pois não é de veludo
Não rima ão com ãos
As palavras atordoam
desleais projeções
com seus doces padrões
Fazem rir só uns rabugentos
e de geladeira os pinguins
Das estrelas a musa desceu
e na ordinária morada
Não dança, não é dádiva
Grita e se faz ouvir
Sua coroa de rubis
reverteu-se espinhosa
Desculpas se exigem
Desculpas fingidas
Desculpa esfarrapada
Da culpa se exime
A dupla em alívio
Voltam os bons discursos
Revoltam ares chucros
Berros incisivos incitam
a dissipar incertezas
a implodir reiterados silêncios
Inaudita resta a certeza
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