Como se fosse o
silêncio
Vicente da
cadeira observa
coisas grandes e pequenas, a mover
Silente
imagina o próprio corpo
nesse fluxo, até adoecer.
Decente,
recusa uma conversa
com o desespero intrometido
É recente
esse maduro modo,
por muito tempo o deixou retido.
Vigente
agora essa prudência,
abdica de todos os pertences
Assente em
guardar só os despojos
É como se fosse o silêncio
aconselhando-o pra viver.
Insensato Colóquio
Toma de uma vez este copo
Vasta dose de cupim
Vai, toma logo ou te mato
Não sabes como sou ruim.
Neste insensato colóquio
Meus olhos onde coloco?
Tudo que rejeitas topo
Traz, engulo eu capim
Até que é bom o verde mato
Não corrói dentro de mim.
Nossa contenda eu saboto
Se não arrebenta o estopim
Brindemos em negro prato
Não há alimento para o fim.
Dure insensato colóquio
Que o sentido surge em blocos
P.S.: "Uhul" é bom ou ruim?
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