Merda nova
Alguém se indignou:
“Mas ele só faz merda”
Todos fazem caca
O problema desse ato
É sua exclusividade.
E se porventura
Ninguém mais cagasse
O cocô passaria a ser
Um item desejável,
Artigo de museu?
Ávida por novidades
A sociedade se confunde
Troca os pés por mãos
E fezes pelas joias,
E inovar se torna defecar.
O passado que volta
Medo do que passou
e ainda não fora enterrado
Temem os contemporâneos
não perdurar, inseguros.
Quando a guerra eclode
o prazer se torna massacrar
A tradição retoma suas vestes
pronta para novas batalhas
No salve-se quem puder,
o passado vencera o presente.
Nesse epílogo muito sinistro
são as caveiras quem nos sorri!
*x+²
P.S.: O título não tem nada a ver com os textos, mas como eu achei a frase bacana e resolvi usá-la, mesmo de forma totalmente avulsa. Talvez eu devesse esperar por uma ocasião apropriada, como como não possuo um galo para marcar meu dia, fui extemporâneo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário