4 de julho de 2014

O galo é o relojoeiro do caipira

Merda nova

Alguém se indignou:
“Mas ele só faz merda”
Todos fazem caca
O problema desse ato
É sua exclusividade.

E se porventura
Ninguém mais cagasse
O cocô passaria a ser
Um item desejável,
Artigo de museu?

Ávida por novidades
A sociedade se confunde
Troca os pés por mãos
E fezes pelas joias,
E inovar se torna defecar.


O passado que volta

Medo do que passou 
e ainda não fora enterrado
Temem os contemporâneos
não perdurar, inseguros.

Quando a guerra eclode

o prazer se torna massacrar
A tradição retoma suas vestes
pronta para novas batalhas

No salve-se quem puder,
o passado vencera o presente.
Nesse epílogo muito sinistro
são as caveiras quem nos sorri!

*x+²
P.S.: O título não tem nada a ver com os textos, mas como eu achei a frase bacana e resolvi usá-la, mesmo de forma totalmente avulsa. Talvez eu devesse esperar por uma ocasião apropriada, como como não possuo um galo para marcar meu dia, fui extemporâneo. 

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