5 de julho de 2009

Duas poesias com vários joguetes

Inspiração expirada

Inspiração expirada ante a ação atrasada
Insulação norteada – expiração inspirada

Instrução excluída, execração insistida
Expiação incidida, insinuação exercida
Insuflação exaurida, exalação insípida
Insalivação expelida, exação d’inseticida

Insurreição expectada, exoneração insubordinada
Instrumentação exacerbada, exautaração insidiada
Exemplificação insignificada, inseminação experimentada
Exasperação insofismada, instigação excogitada

Incineração instaurada, insultada a insinuação
Incentivada a insatisfação da instituição inspecionada
Excitação exaltada pela exerdação exigida
Explicada a extirpação expressada em extenuação

Exorcizada a expurgação, excomungação da incestada
Exterminação da extrema ação inspetada
Exclamação exagerada da expansão inspissada
Exornação executada pela extração incitada

Estada instada com insolação exsicada
Instalação expropriada, insuspeição excetuada
Explanação expobrada, exumação expatriada

Interno ou Externo – inspiração expirada


Afinal

O perdedor perde a dor e pede amor
Amora pode morar – É o poder do
Pó-de-arroz. Atrás o ator é atroz – À toa é Thor

O mar amordaça, o morcego morde a morsa
Despede-se do triz e despe a atriz
Além-da-lenda é lida na leda tenda

Sei nissei, sansei não sei. No seio
Assento-lhe, anseio, sinto-lhe e asseio

Rogo a Hugo, roa logo – rho u go?

Faço e desfaço o embaraço e o cadarço
A face disfarço e refaço meu maço
Maçante é a graça de relar na taça
Relaxe a massa, o laxante é de graça

O tolo destrona, o rei terá o trono
Deidade destoa e reitera a Cronos
A medida do médico é cumprida
Ele mede com métrica comprida

Incide um acidente reincidente
O dente do ente demente e doente
É mais acidental ou um indicente?
De repente o repente penteia e ateia
A pira que respira e a atéia que atira

Afinal, o início é final ou indício do mal?

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