Causas e efeito
Aspiração vital, isto é,
Aspirar poder,
O máximo que se puder,
Intimista e imanente.
É tão óbvio, tão banal e venial,
O mecanismo é somente,
Após a sucessão dos fatos,
Semiótica das conseqüências.
Tornar-se-á ortodoxo, quiçá,
Colapsar o remorso
Em concomitância, ver-se-á,
Com contumazes infartos
De ineptos catatônicos
Em suas idílicas, líricas
Reminiscências paradoxais
Dos vórtices outrora causais
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Não querer é poder
Se eu quero, só posso querer,
Não posso não querer, por ora.
Já se não quero, posso vir a querer,
Tal é a minha liberdade intuitiva
Ao querer algo, tomarei a decisão,
Entre agir ou não agir; é humana ética,
Que limita o espaço e cessa a sessão.
A angústia sorrateira sai furtiva
Pode-se estar apto a algo atraente
Ou julgar-se não apto; é controlável.
Já com a vocação é bem diferente
A faísca do dom não é contornável
O inconsciente, vital, subjuga a si
O mundo por ele representado,
Nada tendo de racional ou universal,
Põe as normas e as regras de lado
O excesso de carência aumenta o desejo,
Desejo que será frustrado ou não;
Ao eliminá-lo, vai-se com ele a frustração.
Se nada me falta, há poder de sobejo
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